Financiar um apartamento é uma das opções mais viáveis para quem deseja adquirir a casa própria sem dispor do valor total de uma só vez. O financiamento imobiliário permite que o comprador pague o imóvel em parcelas mensais, geralmente com prazos que variam de 20 a 35 anos, dependendo do banco e do perfil financeiro do solicitante.
Neste artigo, vamos explicar em detalhes como funciona o financiamento de um apartamento, desde a entrada mínima exigida até o que a Caixa Econômica Federal requer para aprovar o financiamento. Também vamos abordar estratégias para quitar um financiamento em menos tempo.
Leia também: Amortização de financiamento: devo fazer?
Qual a entrada mínima para financiar um apartamento?
A entrada mínima para financiar um apartamento varia de acordo com o banco, o tipo de financiamento escolhido e o perfil do comprador. Em geral, a entrada mínima exigida pelas instituições financeiras fica entre 10% e 30% do valor total do imóvel. No entanto, algumas modalidades de financiamento, como aquelas oferecidas pela Caixa Econômica Federal, podem permitir que o comprador utilize o saldo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para complementar o valor da entrada ou até mesmo cobri-la integralmente, dependendo do caso.
Exemplo de entrada mínima:
- Imóvel de R$ 300.000: Com uma entrada de 20%, o comprador precisaria ter pelo menos R$ 60.000 disponíveis para dar de entrada. O restante, R$ 240.000, seria financiado em parcelas ao longo de vários anos.
O que a Caixa exige para financiar um imóvel?
A Caixa Econômica Federal é uma das principais instituições financeiras responsáveis por oferecer crédito imobiliário no Brasil. Para que um financiamento seja aprovado, a Caixa exige que o comprador atenda a alguns critérios específicos, além de fornecer uma série de documentos para comprovar sua capacidade de pagamento e regularidade do imóvel.
Principais exigências da Caixa:
- Análise de crédito: A Caixa realiza uma análise do perfil financeiro do comprador, verificando seu histórico de crédito, renda mensal e capacidade de pagamento. O banco busca garantir que o solicitante tenha condições de arcar com as parcelas do financiamento.
- Comprovação de renda: É necessário apresentar documentos que comprovem a renda mensal do comprador. A Caixa aceita várias formas de comprovação, como contracheques, declaração de Imposto de Renda, extratos bancários e outros documentos que atestem a fonte de renda do solicitante.
- Cadastro positivo: Ter um bom histórico financeiro é um dos fatores que facilitam a aprovação do financiamento. A Caixa avalia se o comprador possui dívidas em atraso e se tem um bom comportamento de pagamento em outras linhas de crédito.
- Documentação do imóvel: Além da análise de crédito, a Caixa exige que o imóvel esteja com toda a documentação em dia, incluindo a escritura, matrícula atualizada e certidões negativas que comprovem a regularidade do imóvel perante os órgãos competentes.
- Valor do imóvel: A Caixa possui limites de valor para imóveis financiados, que variam conforme a modalidade de crédito escolhida, como o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) ou o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).
- Uso do FGTS: O comprador pode utilizar o saldo do FGTS para dar entrada no financiamento, desde que atenda às regras do fundo, como não possuir outro imóvel em seu nome na mesma cidade e ter contribuído com o FGTS por pelo menos três anos.
Como pagar financiamento de 30 anos em 5?
Embora os financiamentos imobiliários geralmente tenham prazos longos, como 30 ou até 35 anos, é possível quitar o financiamento em menos tempo adotando algumas estratégias. Isso não só elimina a dívida mais rapidamente, como também reduz significativamente os juros pagos ao longo do tempo. A seguir, destacamos algumas dicas para pagar o financiamento de 30 anos em apenas 5.
1. Amortização antecipada
Uma das formas mais eficazes de encurtar o prazo do financiamento é realizar amortizações antecipadas. A amortização é o pagamento de parte do saldo devedor antes do vencimento das parcelas. Quando você realiza amortizações antecipadas, pode optar por reduzir o valor das parcelas mensais ou reduzir o prazo total do financiamento. Se o objetivo for quitar a dívida em 5 anos, o ideal é optar por reduzir o prazo.
2. Utilização do FGTS
O FGTS pode ser utilizado a cada dois anos para amortizar o saldo devedor do financiamento. Se você tem um saldo considerável no FGTS, utilizar esses recursos para abater a dívida pode acelerar o processo de quitação. Combine o uso do FGTS com amortizações regulares para obter um impacto significativo no saldo devedor.
3. Pagamentos extras
Realizar pagamentos extras, além das parcelas regulares, é outra estratégia eficiente para encurtar o prazo do financiamento. Sempre que possível, direcione qualquer dinheiro extra, como décimo terceiro salário, bonificações ou economias, para pagar parcelas adicionais. Isso reduz o saldo devedor mais rapidamente e diminui os juros totais do financiamento.
4. Renegociação do financiamento
Dependendo da situação do mercado e da sua evolução financeira, pode ser possível renegociar o financiamento com o banco, buscando condições melhores de juros ou prazos. A portabilidade de crédito também é uma opção para quem deseja transferir o financiamento para outra instituição com taxas de juros mais baixas, o que pode ajudar a quitar a dívida mais cedo.
Considerações finais sobre o tema
Financiar um apartamento é uma alternativa acessível para quem deseja conquistar a casa própria, mas não tem o valor total para pagar à vista. Entender como funciona o processo, desde a entrada mínima exigida até as exigências de instituições financeiras como a Caixa Econômica Federal, é fundamental para planejar adequadamente a compra do imóvel.
Além disso, estratégias como amortizações antecipadas e o uso do FGTS podem ajudar a reduzir significativamente o tempo de financiamento, proporcionando economia nos juros e eliminando a dívida em menos tempo. O importante é analisar suas finanças, calcular bem as parcelas e escolher a melhor forma de financiamento para o seu perfil.