A Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) representa as principais incorporadoras que atuam no mercado imobiliário brasileiro. A associação foi criada para fomentar o desenvolvimento de projetos imobiliários, contribuir com políticas públicas e promover práticas sustentáveis e eficientes no setor.
Em 2024, a Abrainc é liderada por Luiz França, que tem se destacado ao defender uma reforma tributária mais justa para o setor, com o objetivo de fomentar a construção de imóveis e ampliar o acesso à moradia no país
Quantas incorporadoras existem no Brasil?
O mercado de incorporadoras imobiliárias no Brasil é vasto e diverso. A Abrainc reúne cerca de 20 grandes incorporadoras como associadas, representando uma parcela significativa dos projetos de médio e alto padrão, além de empreendimentos de habitação social, como aqueles inseridos no programa Minha Casa Minha Vida. No entanto, existem centenas de incorporadoras regionais e de pequeno porte espalhadas pelo país, que contribuem para o desenvolvimento urbano e para a oferta de moradias populares e de luxo.
A multiplicidade de incorporadoras permite atender diferentes demandas, desde imóveis de alto padrão até projetos econômicos voltados para famílias de baixa renda. Cada uma delas desempenha um papel essencial na expansão das cidades brasileiras, colaborando com a oferta de moradia e a urbanização das metrópoles.
Qual a margem de lucro de uma incorporadora imobiliária?
A margem de lucro das incorporadoras imobiliárias varia conforme a natureza dos projetos e o cenário econômico. Em geral, a margem de lucro líquido das incorporadoras oscila entre 10% e 20% sobre o valor final do empreendimento. Projetos de alto padrão, com alta demanda e localizados em regiões valorizadas, costumam ter margens mais elevadas, pois atraem consumidores dispostos a pagar preços premium. Por outro lado, empreendimentos voltados para habitação popular, embora beneficiados por subsídios governamentais, apresentam margens menores, devido à necessidade de manter os preços acessíveis.
Além disso, fatores como custo dos insumos, burocracia para aprovações e demora na regularização podem impactar significativamente a rentabilidade das incorporadoras. A Abrainc tem defendido medidas para facilitar o acesso ao crédito e melhorar a tributação, como forma de garantir a sustentabilidade financeira das empresas e incentivar novos lançamentos.
O impacto da Abrainc no setor imobiliário
A Abrainc desempenha um papel fundamental ao articular as demandas do setor imobiliário com o governo e com outras instituições. Entre suas prioridades, destacam-se:
- Promoção de políticas públicas habitacionais: A associação participa ativamente de discussões sobre o programa Minha Casa Minha Vida e outras iniciativas de habitação social, buscando garantir que as incorporadoras tenham condições de participar desses projetos com segurança e rentabilidade.
- Reforma tributária: A entidade defende a redução da carga tributária sobre o setor imobiliário, argumentando que uma tributação mais equilibrada é essencial para manter o ritmo de crescimento do mercado e estimular novos investimentos.
- Incentivo à securitização: Luiz França atual presidente da associação destacou a importância da securitização de ativos como forma de aumentar a oferta de crédito imobiliário e facilitar a compra de imóveis por famílias brasileiras.
A Abrainc também monitora as tendências do mercado e busca modernizar práticas empresariais, incentivando a adoção de novas tecnologias e modelos construtivos mais eficientes e sustentáveis.
Desafios e oportunidades para o setor de incorporação
Apesar do crescimento contínuo do mercado imobiliário, as incorporadoras enfrentam alguns desafios significativos. Entre eles estão:
- Burocracia e lentidão na aprovação de projetos: A demora na obtenção de licenças e alvarás pode comprometer o cronograma e aumentar os custos dos empreendimentos.
- Flutuações econômicas: A volatilidade da economia afeta a oferta de crédito e a confiança dos consumidores na compra de imóveis.
- Especulação imobiliária: A valorização excessiva de terrenos em áreas urbanas pode dificultar a viabilização de projetos populares e acessíveis.
Por outro lado, o setor também tem grandes oportunidades para continuar crescendo:
- Expansão de programas habitacionais: A ampliação de programas como Minha Casa Minha Vida permite que mais incorporadoras participem da oferta de moradias econômicas.
- Urbanização de regiões periféricas: Incorporadoras podem explorar áreas menos desenvolvidas para criar bairros planejados e acessíveis.
- Adoção de tecnologias sustentáveis: A construção sustentável e a digitalização dos processos construtivos são tendências que podem reduzir custos e aumentar a eficiência das empresas.
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Conclusão
A Abrainc e as incorporadoras imobiliárias têm um papel crucial no desenvolvimento urbano e econômico do Brasil. A liderança da associação, sob o comando de Luiz França, reflete um esforço contínuo para modernizar o setor, garantir a sustentabilidade das incorporadoras e ampliar o acesso à moradia. Com o apoio de políticas públicas consistentes e uma tributação justa, o mercado imobiliário brasileiro pode continuar a crescer, atendendo às necessidades habitacionais e contribuindo para a economia nacional.